segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fashion Rio: Parte I


Dondocas, demorou mas chegou! Tive um pouquinho de trabalho para fazer esse post - foram muitas fotos - mas acho que valeu a pena.
Quem já viu o que rolou no evento de moda carioca poderá conferir de novo e quem ainda não viu...se joga! Os "It Boys" - garotos cheios de atitude, que criam tendências e despertam o interesse das pessoas em relação às suas roupas - também podem conferir as tendências da próxima estação, já que o evento reúne as melhores marcas femininas e masculinas.
Dividi o post em duas partes: na primeira, vou mostrar os melhores looks que passaram pela passarela do Fashion Rio nos três primeiros dias. Espero que vocês gostem!


DIA 01
Walter Rodrigues
África é o destino de Walter Rodrigues neste verão 2011, que refletiu não apenas no casting de modelos negras, mas em proporções de apelo étnico, saltos poderosos, faixas enroladas na cintura e várias camadas de acessórios de canutilhos de madeira. Destaque especial para as texturas, de fuxiques e recortes de tecidos costurados no tecido para criar o efeito visual de um trecê. Na cabeça, chapéus e turbantes afro (um loosho!) construídos com técnicas de moulage em formas assimétricas pelo chapeleiro Eduardo Laurino.


Nica Kessler
A jovem Nica Kessler apresentou no Fashion Rio a sua segunda coleção, baseada nas formas e cores da arquitetura déco de Miami. A estilista fez uma coleção leve e limpa que tem todas as características comerciais que as mulheres brasileiras adoram: roupa justa, curta e colorida. Trouxe o marinho como contraponto ao preto, usou uma cartela de cores mais suaves e explorou estampados discretos.



Mara Mac
Mara MacDowell trouxe para a passarela as texturas contrastadas do tecido liso com as pétalas de organza e os grandes pontos dos tricôs foram misturados a espaços de transparência. As formas eram lisas e quase minimalistas. Muitos vestidos retos e sem mangas mas também muitas peças avulsas como saias secas, calças curtas e tops decotados para acompanhar. A cartela de cores foi desenvolvida a partir do branco e do cru que são suas marcas registradas para o verão.



Salinas
Jacqueline de Biase trouxe para o verão da Salinas muita estampa florida e muita mistura de cores. Babados e laços por todos os cantos enfeitavam maiôs inteiros cheios de recortes e drapeados. Nos biquínis, todas as ofertas: calças grandes de cintura alta, médias com lateral larga e pequenas com lacinhos terminando em pingentes.
Misturas divertidas de estampas, bordados com lantejoulas, torções de tecido e nós bem dados traziam novidade e charme para a coleção, sem falar no novíssimo biquini-wrap (ou sarongue), enrolado na cintura de alguns modelos.



R. Groove
O verão da R. Groove vem baseado nas marcas registradas da própria história: cores, rock, alfaiataria street e pegada surf para a vida real.
Na coleção, jeans delavé e ótimas peças em nylon transparente com algodão. Na transição pop, cores blocadas e desencontradas dão forma a camisas e calças, que podem soar exageradas na passarela mas ficam ótimas se combinadas com peças mais sóbrias. No final, belas entradas em dark jeans com amarelo, pintado à mão.



Acquastudio
Foi admirável o trabalho de Esther Bauman na coleção de verão 2011 da Acquastudio. A começar pelo ponto de partida: o efeito mil-folhas em camadas de tecidos de festa, como tule e organza.
Talvez, muitos dos babados e frufrus soem exageradamente decorativos e com efeito de passarela, no entanto, um pouco de bom senso permite que muitas das peças possam ser usadas fora delas.



DIA 02
Redley

Aglutinando design esportivo e corte de alfaiataria, a equipe que assumiu após a partida do estilista alemão Jüergen Oeltjenbruns parece estar seguindo uma cartilha de rigor técnico. No bom sentido. Entre os highlights: uma incrível linha de peças em nylon de diferentes gramaturas e texturas; translúcidos, foscos e brilhantes. Tem ainda neoprene elástico, tyvek estampado floral e um reaproveitamento de vela de windsurf. Os sintéticos contrastam com os mais naturais, como sarja, algodão, seda (na coleção feminina), linho (na camisaria masculina) e couro colorido. Tudo numa suave cartela de tons envelhecidos: rosa-seco, pêssego e beringela.



Claudia Simões
O release diz que a inspiração da coleção veio das obras do pintor espanhol Pablo Palazuelo "no desenvolvimento da abstração e no uso da geometria, criando um efeito tridimensional em suas telas". Claudia fez vestidos, mas também muitas peças avulsas como saias de cós alto, blusinhas, coletes - às vezes mostrados todos juntos. A modelagem simples das peças era contrabalanceadas pela mistura de texturas dos tecidos usados: sedas sobre bermudas de crochê, linhos com faixas de organza transparente, estampas com outras estampas.



Totem
Depois de trabalhar com as meninas da Amapô no último verão, é Simone Nunes que colabora com marca nesta nova coleção. Ela, que também integra o calendário do SPFW, ajudou a continuar a remixagem do estilo da grife praieira de Fred D'Orey. As moças ganham ótimas chemises, saídas de praia longas e vestidos curtos - alguns com amarrações à la wrap dress e sobreposições. O mesmo efeito soma charme a shortinhos e tops. Para eles, camisas de manga slim e decote em V (baseada nos trajes de surfistas, segundo a marca), calças moles, e shorts retrô que saem do óbvio com modelagem extra .
O trabalho de estamparia é o grande must da Totem. Entre listras e grafismos coloridos, elas vêm em trabalho extra: em crash de estampas nas mesma peça, e até aplicadas no salto da charmosa miniplataforma.



Graça Ottoni
Graça apresenta uma coleção de roupas leves, de elaboração delicada, com toques artesanais (ou parecendo artesanais) tendo como base um algodão muito branco, amassado, que se mistura com linhos, rendas richelieu, musseline de seda e todo tipo de brilho. As formas são enganadoramente simples, pois trazem sempre um detalhe de arrepanho ou de amarrações que valorizam os modelos. A escolha da cartela de cores obedeceu essa mesma sofisticação disfarçada, abrindo com muitos modelos brancos para depois passar para um areia claro, cinza e depois preto.



Lenny
As peças lisas são construídas com drapeados estratégicos nas mangas e nos decotes, às vezes virando capuz. Tem até maiô de gola rulê – é rulê mesmo girls, rs - que na praia seria um desastre mas que na passarela é um arraso.
Nem pensar em tomar sol com o bandage estampado de paisagens, mas o efeito é sexy e traz um pouco de fetiche a uma coleção tão serena. Outras estampas são florais abstratos e gráficos animal prints, pintadas à mão.



DIA 03
Cantão
Nesta coleção de verão 2011, estampas com temática "céu" aparecem ao lado de plissados e babados, com zíper aparente e comprimento míni. Shorts curtos e tecidos metalizados dão um clima 70s. As calças slim, por vezes, têm bolsos destacados. Bermudas ciclistas afinam a silhueta na parte inferior. Na parte de cima, tops e vestidos curtos esvoaçantes. A cartela de cores da Cantão tem rosa, amarelo, marfim e azuis. Linho, tule, seda, musseline, náilon e sarja comandam as escolhas dos tecidos da marca.



Printing
Os tecidos das roupas da marca mineira Printing eram os linhos, os algodões e as sedas, mas a maior parte de suas superfícies eram cobertas por bordados e pedrarias.
As cores eram discretas: off whites, beges, areia molhada, musgo, azul e um pouco de amarelo. Houve também algumas passagens de peças estampadas. As formas utilizadas para construir os modelos eram variadas, iam das mais sóbrias e lisas a algumas arredondadas com muito tecido e franzidos.



Maria Bonita Extra
Os laços, as estampas florais, os chapeuzinhos e uma grande quantidade de vestidos muito leves e femininos continuam sendo a marca registrada da Maria Bonita Extra. A marca também não deixou de lado os macacões, os macaquinhos e muitos shortinhos usados com blusinhas e batas. Ana Magalhães e sua equipe trouxeram para a passarela do verão lindas variações do tradicional trench coat de gabardine bege interpretando a peça de um modo bem girlie tirando deles as mangas e colocando babados nos ombros, tanto na versão longa até os bem curtinhos.



Ausländer
A Ausländer baseou sua coleção nos festivais de verão no Hemisfério Norte. Mais especificamente o californiano Coachella, sonho de consumo de 10 entre 10 jovens hipsters brasileiros nascidos pós-Plano Collor.
A coleção atirou para todos os lados e estilos, buscando agradar o desejo de consumo atual dos seus consumidores. O floral - onipresente na estação - aparece discreto e clarinho em calças, bermudas, vestidos e camisas para rapazes. O roxo e o azul surgem no macacão com boca afunilada, tipo odalisca. As jaquetas de couro, os bodies de renda e as camisetas com estampas easy going também marcam presença.



Alessa
O tema deste verão 2011 é alquimia; fala em sacerdotisas e bruxas para justificar as estampas místicas.
Plissados que compõem os vestidos de locomotivas dos anos 1970: longos, esvoaçantes, com estamparia caleidoscópica. O melhor, no entanto, são os curtos, com plissados localizados, principalmente os usados com leggings com estampas contrastantes. Há ainda uns maiôs tipo ombro-só, que seguem a mesma linha.


Fútil? Never. Dondoca? Ever!
Beijinhos,
Fabíola Mota

3 comentários on "Fashion Rio: Parte I"

Simone Domingues on 7 de junho de 2010 às 17:00 disse...

olá,

vim conhecer o seu Blog adorei e já estou te seguindo gosto muito desse mundo da moda e gosto de esta ante-nada com a tendências
beijos e tenha uma ótima semana

Tesse disse...

Que post gigaaaante! Adorei.
Me apaixonei pelos maiôs da Lenny...

Nayara Amoêdo on 11 de junho de 2010 às 08:06 disse...

Muito bom, o post e o evento! As coleções estão lindas, e Maria Bonita Extra arrasou, gosto é algo bem pessoal né, mas eu adorei, e adorei as outras tbm, cores suaves, tecidos como linho e organza me agradam nmuito! adoro tbm acessórios de cabeça, e vi que vai ter muito!

beijos

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